quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Fanfic Gotta Be You / capítulo 5

  Acordei assustada, eu ainda não havia esquecido daquilo. Coloquei minha roupa e fui falar com tio Marcos. Anna estava no quarto dela vendo TV.

       -Bom dia Tio.

       -Bom dia Bela Adormecida! –Ele riu.

       - HA-HA-HA, muito engraçado. Eu estava com muito sono ok!? –Me defendi.

       -Ok, ok! Já que você perdeu o café da manhã, teremos um almoço reforçado hoje.

       -Tio, você se dá muito bem com a Anna né..? Nunca brigam... Relacionamento perfeito. Estou certa? –Puxei o assunto.

       -... Bom... Nem sempre. Na verdade, sempre brigamos... –Confessou.

       -Não quero ser intrometida, mas posso saber o motivo? –Questionei.

       -Bom, a briga começou quando ela começou a namorar com um cara que mexia com drogas, só que ela não se conformava, dizia que ele não fazia isso, e que ela o amava. Eu ficava sempre tentando convencê-la de largar ele. Ou então avisar aos pais dele para que tomassem uma providência, mas ela negava; dizia que ele era perfeito do jeito que ele era. O meu maior medo era de que ele convertesse minha filha para o mundinho dele. –Ele disse quase chorando.

       -Isso é complicado, mas ela ainda esta com ele?

       -Não, ele se mudou faz 3 meses. Ninguém sabe para onde ele foi, e não se sabe o porque. Depois disso, ela ficou com raiva de mim, achando que a culpa daquilo tudo era minha, e até hoje ela não se conforma.

       -Porque você não conversa calmamente com ela, em um dia tranquilo, tente conversar com ela hoje. –Dei a sugestão.

       -Tudo bem, vou tentar, depois do almoço vou conversar com ela, não vejo a hora disso tudo acabar. –Disse aliviando-se.

  Eu já ia saindo, ele pegou no meu braço e disse: “Obrigado Lise.” Me senti tão bem depois daquele agradecimento.

  Subi para o segundo andar e fui falar com Anna sobre a conversa, discuti com ela sobre o ex-namorado dela e disse para manter a calma quando Marcos fosse conversar sobre aquilo.

  Fui para o meu quarto escutar músicas, mas eu nem estava prestando muita atenção nelas, fiquei pensando no que havia acontecido naquela madrugada, aquilo foi muito estranho, eu acho que de tão bom que o livro estava, eu acabei criando coisas.

  Tio Marcos chamou eu e Anna para almoçarmos, já eram 1:00 da tarde. O almoço estava bom. Chegou a hora de meu tio ir conversar com Anna. Ele conversaram na mesa mesmo, mas não fiquei lá para ouvir, fui pra sala de jogos me distrair. Depois da conversa, Anna foi me contar como foi. Disse que nunca se sentiu tão bem, tão aliviada, por, finalmente, dar um fim naquela guerra. Eu fiquei feliz por ela e pelo meu tio, afinal, eu os ajudei, e ainda mais, fiz Anna parar de se cortar! Me senti “A Salvadora do Mundo”. Ela sentou no sofá, e foi jogar videogame comigo. Ficamos o dia todo jogando, e meu tio estava trabalhando em uma festa de criança.

  A noite foi chegando rápido. Já estava escuro, eram 11:00 horas, quando meu tio nos chamou para a janta; foi tão divertido ver que eles estavam se entendendo, rindo, conversando, foi um dos momentos mais legais da minha vida. Acabando, fomos para nossos quartos, eu até conversei com Anna um pouco antes, sobre o Richard estar muito quieto. Neste tempo de conversa, tio Marcos chegou correndo e cansado no quarto e disse: “O Richard sumiu!”. Ficamos desesperadas, meu tio pegou o celular dele e ligou para a polícia tentar encontra-lo, eu fiquei sem ação por um momento; mas tive a ideia de ir procurá-lo no bairro, ele não poderia estar longe dali. Chamei Anna para ir comigo, nos vestimos e fomos correndo procurar ele. Meu tio ficou em casa, impaciente, esperando uma resposta. “Richard! Richard!” Gritávamos desesperadas, até alguns vizinhos que estavam acordados nos ajudaram. Mas nada, nada de Richard, e nada dos policiais ligarem. Agradecemos a vizinhança pela ajuda, mas não o encontramos, fiquei muito triste, imagina só, uma bola de pelo ambulante e linda perdida na cidade!? Voltamos para casa sem boas notícias, e encontramos tio Marcos imprimindo fotos de Richard e oferecendo 500 dólares para quem o encontrasse. Dá para ver o quanto Richard era importante. Ficamos com Marcos até 1:00 da manhã esperando alguma notícia dos policias, mais nada. Eu e Anna fomos dormir, eu acho que meu tio não ficou esperando lá por muito tempo.

  Acordei cedo, umas 7:00 da manhã mais ou menos. Os dois ainda estavam dormindo; me arrumei, peguei as folhas que meu tio imprimiu, peguei meu skate, e fui pregando nas árvores os papéis com as fotos de Richard. Enquanto eu pregava as folhas, eu estava distraída observando a cidade, tão linda. De repente eu atropelo um menino que estava caminhando, além dele cair, eu caí de cara no chão, sorte que não foi literalmente de cara, eu coloquei a mão na frente. Eu fiquei muito assustada, e com dor, fiquei lá, atirada no chão, morrendo de dor, minha perna estava toda esfolada, sangrando; parecia que no parque onde eu estava só tinha eu e ele, ninguém vinha me ajudar. Eu virei para cima, mas ainda deitada, ainda morrendo, abri o olho e vi que ele estava com a mão estendida, eu fiz muito esforço, mas não deu pra levantar não, foi preciso ele me pegar por trás e me levantar. Eu pedi desculpa, nem olhei pra ele, ele estava me levando pro banco para ver se estava tudo bem, eu fiquei falando que eu era idiota por não prestar atenção mas eu estava distraída, ele estava falando que não era nada, só queria saber se eu estava bem; quando ele me sentou no banco, eu o olhei. Ele era tão lindo, estava de óculos escuros, estava de blusa branca, uma jaqueta xadrez vermelha por cima, com uma bermuda, e um all star branco, tinha o cabelo todo enrolado, e estava sorrindo pra mim enquanto eu estava lá, reclamando da minha idiotice. Após perceber que estava falando de mais, eu parei e olhei para baixo. Nos poucos momentos em que fiquei sem falar, eu pensei: “Mas, não é ele? O do meu sonho!? Não pode ser, Anna estava certa então?”.

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